16 de nov. de 2023
30 de out. de 2023
Semeando flores
Na estrada chamada vida
por muitos caminhos andei
lancei sementes de flores
pelos lugares que passei
adubei a terra com sonhos
reguei com carinho e amor
fazendo desabrochar eterna primavera
Hoje olhando para traz
vejo imenso jardim
das flores que plantei,
canteiros de amor perfeito
dos quais alguns eu colhi
tem rosas coloridas e perfumadas
que nos espinhos de algumas me feri,
tem tambam flores do campo
que com sua simpliscidade
enfeitam meu caminhar
tem alfazemas e delicadas violetas.
E como tudo isso não bastasse
tem cantar de passarinhos
borboletas e beja flores,
hoje quase no fim da estrada
continuo sementes ao vento espalhar
pois quando daqui partir
comigo só vou levar
o meu imenso jardim
que é tão belo
pra minha nova morada enfeitar.
Teresa A B Carvalho.
12 de out. de 2023
Reencontro
Hoje fui resgatar minha criança interior.
Ela estava esquecida em um canto qualquer do meu coração.
fui resgatá-la, porque a vida ficou sem brilho, triste e pesada,
me senti vazia perdida de mim mesma.
Era urgente traze-la de volta se quisesse me libertar,
ampliar meus horizontes ter leveza e crescer no amor.
Fui busca-la com medo e coragem, mas com toda a humildade
de quem descobre que sabe menos do que supunha saber
e o firme propósito de me tornar uma pessoa melhor.
Agora que ela esta de volta, ganhei forças para limpar meus lixos
internos.
Vou refazer meus planos e alçar voos a novos horizontes.
Ficar de bem com Deus e com a vida, posso dizer que renasci,
me reencontrei e não vou me surpreender se afinal for feliz.
meus rabiscos Teresa A.B Carvalho.
24 de jan. de 2023
Uma deliciosa crônica de Marta Medeiros.
PUDIM
Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir pudim de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido.
Um só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí, a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um pudim bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',
tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar vários pedaços de pudim, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: um pudim inteiro
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago .
14 de dez. de 2022
30 de nov. de 2022
12 de nov. de 2022
VELHAS CARTAS DE AMOR.
Cartas nos correios
Hoje esquecidas pelo progresso
As belas cartas de amor
Hoje adormecidas no tempo.
As rápidas frias mensagens
Da atualidade, a grande verdade
Faltam a elas a magia das missivas
As letras a mão, mal traçadas linhas
O perfume, as pétalas de flores
Só conhecida dos belos amores.
Velhas cartas de amor
Colocadas no correio
Seguiam o seu destino
Buscando a alma amada.
A ansiedade da espera
Chegando mais uma carta de amor
As tão belas promessas
As marcas dos distantes beijos
Cartas de amor eram o ensejo.
Cartas de amor de tão distante
Tinha a magia dos encontros
Dos suntuosos abraços
Dos eternos beijos
Acalanto dos desejos.
Cartas de amor!
Só pode dizer quem viveu
O quanto bem fez aos corações
Os beijos, amores, emoções...
(Wilson Chaves)